Biodança

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Na dança da Vida
abraçar faz seu mar
Nomes e anos somem
ao navegar a onda maior

Pois tudo que sobe em sorriso
some com seu Infinito
Onde mãos sobem
olhos imensos descem

Tecendo uma coreografia
de Flor em pulso de Cor-Ação
Até não caber no sangue
espelhando o suor de existir

Todos sabem do Amor
em rostos mensageiros
Em uma roda que gira
no brilho como catedral

Ali, religião verdadeira,
se celebram pés espontâneos
Assim como oram de corpo inteiro
sem julgamento

A música sorri a vibração
dos que nascem na dança
Porque nascem nus
um diante de outros

E os outros são um,
ele mesmo, mas nascendo sem chorar
Por isso até o mal-entendido
é perfeitamente bem entendido

E se seguram a Noite
em sua luz
É pra lembrar que essa dança
é mais que girar,
é dar à Vida seu carrossel inteiro...

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André Martins Pinto

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